Professor Axel Cherniavsky (CONICET - Argentina) irá ministrar disciplina entre 21 e 24 de novembro de 2023

Título da disciplina internacional: La dispersión de la idiotez: Reflexiones sobre el lado oscuro de la inteligencia - inscrições abertas

Os programas de Pós-Graduação em Filosofia (PPGFil), Linguística (PPGL) e Educação (PPGE) irão ofertar a disciplina internacional sob a responsabilidade do professor Axel Cherniavsky (Universidade de Buenos Aires / CONICET). Confiram as informações abaixo:   

Título: La dispersión de la idiotez. Reflexiones sobre el lado oscuro de la inteligencia

Encontros:

  • 21/11 - La imagen clásica de la idiotez
  • 22/11 - La idiotez más allá de la inteligencia
  • 23/11 - La idiotez positiva
  • 24/11 - Valor de la idiotez
  • Horário: 16-18h30
  • Link para inscrições: https://abre.ai/hcaq 
  • dúvidas: Profa. Dra. Débora Morato (deboramp@ufscar.br) 

Resumo: 

O que é a idiotia?Para responder a essa pergunta, vamos partir do que chamaríamos de uma imagem clássica da idiotice que, longe de se limitar a uma época ou ser reduzida a uma disciplina, atravessa e percorre muitas. Essa imagem define a idiotia em geral como uma deficiência intelectual. Depois de apresentar essa imagem em detalhes, vamos criticá-la, recorrendo especialmente aos três principais corpos bibliográficos que tratam da questão: o da psiquiatria, que começa com Pinel e que gradualmente abandona a imagem da idiotia e a substitui pela da deficiência intelectual; o das filosofias que encontram no personagem do idiota sua instância de enunciação, a saber, as de Nicolas de Cusa, Descartes e Gilles Deleuze; o das obras literárias em que o personagem do idiota é usado como instância de enunciação, a saber, a de Nicolas de Cusa, a de Descartes e a de Gilles Deleuze; a de obras literárias em que o idiota desempenha um papel de destaque, como Bouvard e Pécuchet, de Flaubert, O Idiota, de Dostoiévski, ou O Som e a Fúria, de Conrad. Graças a elas, mas também graças a exemplos tirados da cultura popular, de filmes e lendas, observaremos que a idiotice (1) não pode ser reduzida a uma falha ou inconveniência intelectual - seja ela estrutural ou um mero deslize -, (2) que, na verdade, ela nem sempre consiste em falta ou privação, mas às vezes em excesso ou abuso e, finalmente, (3) que a idiotice não é nem mesmo necessariamente ruim, o conteúdo de um insulto ou o critério de um julgamento de valor negativo.

Basicamente, a imensa variedade de formas que a idiotira assume nos levará a afirmar que ela é propriamente indefinível. No entanto, essa conclusão não deve nos desanimar, pois uma definição semântica pode ser substituída por uma descrição pragmática que, assumindo a natureza indefinível da idiotice, se compromete a revelar como o conceito funciona. Não definir a idiotia não significa não dizer nada sobre ela. Pelo contrário, sua descrição mostrará que ela consiste em um conceito diverso, até mesmo contraditório, massivo, ambivalente, opaco, compacto e elusivo. Assim, essas reflexões dedicadas a um objeto tão preciso e particular não deixarão de nos permitir meditar sobre a fragilidade e a instabilidade de nossos conceitos em geral e sobre a porosidade de seus limites.

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